domingo, 23 de março de 2014

Underworld: Prólogo - No começo

Estados Unidos, 
maio de 1997
A chuva caía forte em Massachusetts, inundando as ladeiras da pequena cidade. Todas as famílias estavam em suas devidas casa, se escondendo do frio, mas somente uma - ou talvez não - estava em uma despedida
- Você tem que ir mesmo? - dizia Diana, em meio ao choro.
- Sim - Connor respondeu. Quando disse isso, o estômago de Diana pareceu explodir. - Não tenho escolha. - Connor enxugou uma lágrima do rosto de Diana com o indicador. Ele sabia que, quando fosse embora, não aguentaria a saudade que sentiria da amada. Quase não conseguia segurar o choro na frente dela.
- Mas e Sophie? Ela é recém nascida Connor, como ela pode crescer sem ter um pai? - Diana dizia inconformada com tudo isso. Em um dia, ela tinha uma família feliz, no outro, o que era feliz se tornou em tristeza.
Connor não respondeu. Pensar na filha deixa tudo pior.
Ela tinha razão. Não poderia deixar a filha sem um pai, mas o que ele podia fazer?
Seu pai o tinha deixado quando ainda era criança, quem cuidou dele até seus 16 anos fora seu bisavô. E agora que ele descobriu onde Connor convive, está atrás dele, para que volte para casa, onde -segundo ele - é seu devido lar. Ele gostava do bisavô. O via como o pai que nunca teve. Sofria pela ausência de um pai na sua vida, mas pelo menos tinha o bisavô. Não queria que Sophie vivesse se perguntando quem era o pai dela.
- Você pode cuidar da menina sozinha. - No mesmo instante em que disse isso, se arrependeu amargamente. Vendo o olhar de espanto de Diana, desviou o olhar para o chão.
- Me desculpe... Eu também estou bastante atordoado com tudo isso. - para ele era difícil ter de ir embora se desfazendo de uma família tão linda.
- Por quê Connor, por quê? - Ver a amada naquele estado partiu o coração de Connor. Foi impossível não abracá-la naquele momento em que ela estava tão frágil à tudo e à todos.
- É pela sua segurança, é pala segurança da Sophie é pela nossa segurança. - Ele dizia enxugando cada lágrima que saia dos olhos de Diana.
- Por quê nós não fugimos? Vamos para qualquer outro lugar, cidade, estado, país, eu não sei! Mas por favor, não vá embora. - "Ah se eu pudesse" pensou Connor. Lógico que por ele ficaria, mas não queria colocar em risco a segurança de sua família.
- Eu sinto muito. - Dessa vez, não foi possível deixar de chorar. Ele poderia parecer um fraco apenas por estar chorando na frente de Diana, mas ele estava acabado, derrotado, sem chão.
Em apenas um minuto de silêncio, ouve-se um terremoto. Seu bisavô estava chegando. Não só ele como seu exército e seus aliados, e suas parcerias. 
- Ele está chegando. - Sussurrou Diana. - Você tem que ir. - Ela disse de cabeça baixa. Connor assentiu. A tão não esperada hora, chegou.
- Filho! Dê tchau à mamãe e à Sophie! - Ele disse ao menino de cabelos louros ao seu lado.
- Tchau mamãe. - Disse o pequeno garoto à Diana. Ver seu filho partir lhe doía o coração, por ela, ele ficava, Connor também, mas era preciso.
- Meu menino de ouro! - Ela colocou Sophie no colo de Connor e abraçou o pequenino. - A mamãe vai sentir tanto a sua falta! - Ela dizia afagando-lhe os cabelos enquanto chorava.
- Eu também. - Ele disse. - Tchau Sophie, eu também vou sentir sua falta. - Ele deu um beijo na testa de recém-nascida.
Agora, era vez de Connor. Se despedir de Diana, a mulher de sua vida, era tão doloroso.
- Eu vou estar por perto! Não importa o que aconteça, eu sempre vou dar um jeito de vim vê-las, não importa nem se for de longe, mas desde que eu saiba que está tudo bem com as duas, eu fico bem. - Após dizer, Diana assentiu. Connor dirigiu seu olhar a Sophie. A pequenina estava com os olhinhos abertos. Só agora que Connor foi perceber que ela observara tudo, cada detalhe, ouvira cada palavra - por mais de ela não compreende-las - , mas ela estava atenta, estava atenta à tudo que estava acontecendo. - Oh minha princesa. - Caíra uma lágrima de seus olhos. - Papai vai ficar lhe observando o tempo todo. Você poderá não me ver, mas eu vou estar ali, em cada momento de sua vida. - Logo ele tirará  um colar de seu bolço. - Esse colocar ele está benzido e enfeitiçado. Ele irá lhe proteger de tudo e de todos. Não terá de temer à nada. Mas nunca o tire do pescoço! - Ele disse colocando a corrente um tanto que grande para pequenina, mas quem sabe daqui alguns anos ele fique em um tamanho bom para ela?... Ele colocou Sophie no colo de Diana, e começou à falar. - Não importa o que aconteça, sempre, eu digo sempre mesmo, comunique-me. Quero saber como anda você e a Sophie, eu quero saber de tudo! - Ele disse e ouve-se mais um terremoto. - Eu te amo!
Eu também! - Ela disse e Connor à beijou. Um beijo romântico, caloroso. Não foi um beijo de despedida, foi um beijo de "até logo". Connor, origado, separou os lábios dos de sua amada. - Isso não é um "adeus"! É apenas um "em breve eu estarei de volta".
- Eu te amo - Diana disse à ele. - Até breve! - Ela disse e Connor segurou a mão do pequeno garotinho de cabelos louros.
- Até breve! - Ele disse e virou às costas.
Ele não podia virar para trás. Sabe que se virasse teria de voltar e ficar com elas. Mas ele sabia que se ficasse, tudo estaria por água abaixo.
Ele iria continuar à amando?
Sempre.
Voltaria à vê-la?
Sabe que sim, mas o futuro só à Deus pertence.

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